Veja duas estrofes de A Alma Pantariosa:
Frio, lama e atoleiro,
era grande o sofrimento,
as almas pantariosas
vindo no meu pensamento,
eu com as roupas molhadas,
escutei uma pisadas
e aumentou o meu tormento.
Olhei pra trás e avistei
um olhão aboticado,
danei-me dentro do mato,
fiquei todo estropiado,
e quanto mais eu corria
mais perto os passos ouvia
correndo para o meu lado.
... e duas de Uma Resposta Bem Dada:
Maria era uma
matuta
que veio d'outro lugar
pra fazer uma
consulta,
pois, queria
perguntar
porque que
sua barriga
esticava que nem liga
como se fosse
inchação.
Por ser
inexperiente
queria ficar
ciente
daquela
situação.
(...)
Maria voltou
para casa.
Mas encontrou
no caminho
Dona Maria de
Adauto
que lhe
explicou direitinho
que ela estava
era buchuda,
e que mulher
barriguda
deve esperar
mês a mês,
que ela não
tivesse pressa
e não fosse
na conversa
desse tal
Doutor Cortês.
"A Esperteza de Ana Pra se Livrar do Marido" é a história de uma mulher que foi traída pelo marido e achou um jeito bem interessante de se vingar e se livrar do safado.
(...)
"A Esperteza de Ana Pra se Livrar do Marido" é a história de uma mulher que foi traída pelo marido e achou um jeito bem interessante de se vingar e se livrar do safado.
(...)
Ana dizia
pra Zé:
“-Você pensa
que é solteiro?
Eu já não
aguento mais
trabalhar o
dia inteiro
e você só
vadiando.
Inda fica
reclamando
quando não
lhe dou dinheiro.”
Zé
respondia: “-Que nada!
Você nasceu
pra sofrer.
Eu sou
marido ferrolho,
não tenho o
que esconder.
Acabe com
essa besteira,
vá vender
fruta na feira,
que eu vou
sair pra beber .”
E quando a
pobre mulher
Saía pra
trabalhar,
Zé saía
pelos fundos
Pra ninguém
desconfiar.
Enquanto ela
trabalhava,
Belarmino se
mandava
Pelo mundo a
vadiar.
(...)
O folheto "A Feira e Os Mercados de Parnamirim " conta a história da feira de Parnamirim, cidade do Rio Grande do Norte. As estrofes contam passo a passo como surgiu a primeira feira da cidade, quem foram os responsáveis, onde era o primeiro mercado, e como, e porque ele foi derrubado, além de citar outros fatos relevantes na história da cidade que no
ano 2013 completou 27 anos de acolhida ao autor deste cordel.
Veja algumas estrofes:
Mesmo enfrentando protestos
Em prol do velho mercado
Seu Deoclécio ordenou,
Como agora foi narrado.
Quando o jeep acelerou
O prédio foi derrubado.
As colunas amarradas
Ruíram em quebradeira
Quando o velho Land Rover
Acelerou de primeira
Formando uma grande nuvem
De fuligem e de poeira.
O que é novo fica velho
Quer você queira ou não queira.
Do mercado lá da praça
Não tem mais eira nem beira.
Hoje temos dois mercados
O do centro, outro da feira.
O cordel "A Fortaleza dos Reis Magos " foi um dos que mais me deram trabalho para escrever, pois precisou de muita pesquisa e muitas idas e vindas até aquele marco da construção de Natal, para ouvir os guias que contavam a história da Fortaleza para os turistas.
Veja alguma estrofes:
O cordel a seguir fala das lutas dos professores brasileiros para conseguir reconhecimento e para sobreviver nessa eterna batalha por melhoria salarial e de condições de trabalho.
Veja as três primeiras estrofes:
Piston foi um jumento que viveu em Parnamirim nos meados dos anos 60, e ficou famoso pelas suas peripécias, uma vez que era um animal tarado, ele atacava as jumentas sem que elas estivessem no cio, gerando assim vários casos que ficaram na história da cidade que, naquela época, tinha pouco mais de sete mil habitantes.
A História dos Papa-Filas é um folheto que conta a história do primeiro sistema de transporte coletivo de Parnamirim/RN e desde o seu lançamento muita gente se delicia relembrando o tempo em que utilizou o velho ônibus com frente de caminhão para se deslocar até Natal. Nota: O apelido Papa-Fila é porque só existia esse meio de viajar até a capital, dai a formação de imensas filas.
Veja algmas estrofes:
O próximo folheto conta a história de Dona Amélia Machado, que ficou conhecida no Rio Grande do Norte como A Viúva Machado e também como O Papa-figo. Existe a lenda de que a Viúva Machado contratava um velhinho que saía com um saco nas costas para sequestrar meninos e arrancar-lhe o fígado para levar para a viúva comer. O fígado serviria como remédio para uma terrível doença a qual ela foi acometida.
(...)
(...)
(...)
José Acaci
Se você se interessou em comprar meus cordéis entre em contato através do e-mail: espcodocordel@gmail.com ou do telefone (84) 9951 9873
O cordel "A Fortaleza dos Reis Magos " foi um dos que mais me deram trabalho para escrever, pois precisou de muita pesquisa e muitas idas e vindas até aquele marco da construção de Natal, para ouvir os guias que contavam a história da Fortaleza para os turistas.
Veja alguma estrofes:
Aos noventa e oito anos
da chegada de Cabral
iniciou-se a história
da construção de Natal
e essa edificação
é um marco na relação
do Brasil com Portugal
Quem visita a fortaleza
imagina as invasões
os holandeses chegando
com suas embarcações
para a tomada do forte
e o Rio Grande do Norte
no foco das atenções
O forte foi construído
na época em que Portugal
e Espanha eram um só reino
sob o comando geral
do Rei Felipe Segundo
que buscava em todo o mundo
domínio comercial
O cordel a seguir fala das lutas dos professores brasileiros para conseguir reconhecimento e para sobreviver nessa eterna batalha por melhoria salarial e de condições de trabalho.
Veja as três primeiras estrofes:
Deus do céu
me ilumine
com a luz
da sabedoria,
mande-me a
verve poética
dos deuses
da poesia,
pra que eu
lhe mostre o valor
e a garra do professor
nas lutas do dia-a-dia.
Eu dou
parabéns a todos
os colegas
professores,
que tem na
sua bagagem
a força dos
precursores,
o sangue
dos pioneiros,
a coragem
dos guerreiros,
e a garra
dos lutadores.
Se você é
um tenente,
um Juiz ou
um doutor,
se é um bom
advogado,
ou mesmo um
aviador,
não esqueça
meu irmão:
você passou
pela mão
de um amigo
professor.
Piston foi um jumento que viveu em Parnamirim nos meados dos anos 60, e ficou famoso pelas suas peripécias, uma vez que era um animal tarado, ele atacava as jumentas sem que elas estivessem no cio, gerando assim vários casos que ficaram na história da cidade que, naquela época, tinha pouco mais de sete mil habitantes.
Certa vez
esse jumento
Vinha numa
disparada
Atrás de uma
jumentinha
Que fugia
aperreada
E aconteceu
esse caso
Que parece
uma piada
No tranco da
disparada
A jumentinha
entrou
Piston vinha
atrás correndo
A jumenta
escorregou
Ele entrou na
padaria
E tudo
espanaviou
Tinha um
balcão de pão doce
Desses com
vidro fechado
Espatifou-se
em pedaços
E foi pão pra
todo lado
Bolacha e
bolo voaram
Ficou tudo
espedaçado
A História dos Papa-Filas é um folheto que conta a história do primeiro sistema de transporte coletivo de Parnamirim/RN e desde o seu lançamento muita gente se delicia relembrando o tempo em que utilizou o velho ônibus com frente de caminhão para se deslocar até Natal. Nota: O apelido Papa-Fila é porque só existia esse meio de viajar até a capital, dai a formação de imensas filas.
Veja algmas estrofes:
Cabia nele os
dois times
Juvenil e
titular,
Os reservas,
os parentes
Que quisessem
acompanhar,
A torcida, a
comissão,
O roupeiro e
um batalhão
De pessoas do
lugar.
Segundo o
amigo Sousa
Era bonito se
ver
Quase
trezentos meninos
Dentro dele a
se espremer.
Iam todos pro
cinema
E eu registro
em meu poema
Pra ninguém
mais esquecer.
Na verdade o “Papa
Fila”
Não era um,
eram três
Existiam os dois
maiores
E o menor por
sua vez
Tinha uma
frente pontuda
Era a
Mercedes “Bicuda”
E os outros dois,
“FÊ-NÊ-MÊ’s”
O “Papa Fila”
acoplava
A cabeça de
caminhão
Num corpo de
um grande ônibus
Pra fazer locomoção
Levava alunos
pra escola
Jogador pra
jogar bola
E gente pra
diversão.
No ano 2008 aconteceram alguns fatos que me inspiraram a escrever o cordel "A Justiça e a Injustiça no Brasil Injustiçado" , o primeiro foi a prisão de um carroceiro por ter invadido o terreno de um advogado para cortar uma toceira de capim para dar pro seu animal e outro foi a prisão de uma senhora por roubar uma margarina num supermercado, e em ambos os casos passaram mais de um mês presos, enquanto Paulo Maluf, que desviou mais de quinhentos milhões de reais dos cofres públicos brasileiros não passou três dias na prisão e hoje goza de im(p)unidade parlamentar.
A injustiça no Brasil
E citada no estrangeiro.
Prendem o ladrão de galinha
Soltam ladrão do dinheiro.
Veja que coisa mais feia,
Pro pobre, surra e cadeia,
Pro rico esse mundo inteiro.
E citada no estrangeiro.
Prendem o ladrão de galinha
Soltam ladrão do dinheiro.
Veja que coisa mais feia,
Pro pobre, surra e cadeia,
Pro rico esse mundo inteiro.
Um pobre pai de família
Que vive em sua labuta
Para criar os seus filhos
Sofre, chora, cansa e luta,
Só vê pedra em sua trilha
Pra criar sua família
Dentro da boa conduta
Que vive em sua labuta
Para criar os seus filhos
Sofre, chora, cansa e luta,
Só vê pedra em sua trilha
Pra criar sua família
Dentro da boa conduta
Se acaso for acusado,
Mesmo em falsa acusação,
Vai preso, e, pra ser julgado,
O caso leva um tempão,
E ele passa muitos anos
Sofrendo dos desenganos
E os males de uma prisão.
Mesmo em falsa acusação,
Vai preso, e, pra ser julgado,
O caso leva um tempão,
E ele passa muitos anos
Sofrendo dos desenganos
E os males de uma prisão.
E os políticos que vivem
Roubando nossa nação
Têm dólar, carro importado
Só viajam de avião,
Têm motorista, porteiro,
Fazenda, granja, dinheiro,
Piscina, gado e mansão.
Roubando nossa nação
Têm dólar, carro importado
Só viajam de avião,
Têm motorista, porteiro,
Fazenda, granja, dinheiro,
Piscina, gado e mansão.
O próximo folheto conta a história de Dona Amélia Machado, que ficou conhecida no Rio Grande do Norte como A Viúva Machado e também como O Papa-figo. Existe a lenda de que a Viúva Machado contratava um velhinho que saía com um saco nas costas para sequestrar meninos e arrancar-lhe o fígado para levar para a viúva comer. O fígado serviria como remédio para uma terrível doença a qual ela foi acometida.
(...)
Sabemos que
o termo “Figo”
é uma fruta
de estação,
mas o termo
“Papa-Figo”
trás outra
conotação.
Trocavam
fígado por figo
fazendo uma
contração.
Os filhos
acreditavam
com uma fé
tão profunda,
que, se
acaso eles vissem
qualquer
velhinho corcunda,
a carreira
era tão grande
que os pés
batiam na bunda.
3
Mas a origem
da lenda
é mais
sensacional.
É a história
de uma moça
de beleza
magistral,
filha de
família rica
da cidade de
Natal.
No Rio Grande
do Norte,
quase todo
povoado
tinha uma
porção de terras
que, quem
fizesse um roçado,
tinha que
negociar
com a
família Machado.
De nome Amélia Duarte,
e o
sobrenome Machado,
ela
tornou-se a viúva
mais famosa
do estado.
Dona de
sítios, fazendas,
e terras por
todo lado.
(...)
A Operação que Fizeram no às de Copa de Zé é um cordel muito engraçado e foi baseado numa história real. Um amigo me contou que fez todo o tratamento dentário de graça na UFRN no hospital universitário e, precisando se tratar de uma hemorroida resolveu procurar o mesmo sistema de atendimento, mas ele se arrependeu pro resto da vida.
(...)
Ele pensou
no dinheiro
Que teria
que gastar
E disse: “- O meu dinheirinho
eu nunca vou entregar
pra um doutorzinho Chulé,
que mexe em forobosqué,
morro mas não vou pagar”
Ele já
estava saindo
Quando eu
falei com maldade:
“-Mas se o senhor for cobaia
nas turmas da faculdade
que tem ali em Natal
não vai gastar um real
é tudo na amizade.”
(...)
Zé Conrado
se deitou
e ficou
agoniado,
ao ver
cinquenta estudantes
tudo de dedo
esticado,
se
preparando pra ação,
botando a
luva na mão,
e vindo para
o seu lado.
(...)
José Acaci
Se você se interessou em comprar meus cordéis entre em contato através do e-mail: espcodocordel@gmail.com ou do telefone (84) 9951 9873
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